segunda-feira, 15 de agosto de 2011


_ Pelo amor de Deus, diga-me coisas sensatas. Não compreendo nenhuma palavra do que você esta dizendo. Primeiro você fala uma coisa depois de outra. Você me deixa louca!
Ela então levantou-se de um salto e, como se receasse que ele pudesse fugir dela fisicamente, como o fazia em espírito, segurou-o pelos pulsos.
_ Responda a esta pergunta: Você gosta realmente de mim ou não?
Houve um momento de silêncio, depois em voz baixa:
_ Eu a amo mais que tudo no mundo, - disse ele.
_ Mas então, por que não disseste-me?  - exclamou ela, e estava tão intensamente exasperada que enterrou suas unhas no pulso do garoto.
_ Ao invés de dizer tolices sem fim a propósito de nós, e de fazer-me sofrer semanas e semanas! – Ela soltou-lhe a mão,  com um trato tanto quanto repelido, rude.
_ Se eu não gostasse tanto de você, teria uma raiva louca!
E subitamente passou-lhe o braço em torno do pescoço; ele sentiu os lábios unidos docentemente  aos seus. Tão deliciosamente doces, tão tépidos, tão elétricos. Mas ela se afastou.
_ Grande tolo! Eu desejava a você tão ardentemente! E se você também me queria, por que é que não...?
_ Mas Querida... – começou ele a protestar;  ela começou a afrouxar imediatamente os braços e recuou, acreditou, por um instante, que procedia de acordo com a muda indicação que ele lhe fizera. Quando, porém ela desafivelou sua cartucheira de couro branca envernizada e pendurou-a com cuidado na cadeira.
Ela levou a mão ao pescoço e puxou com um longo gesto vertical; sua blusa azul jeans abriu-se até a extremidade inferior...
‘’Quando o sangue está excitado, os juramentos mais fortes não são mais do que palha. ‘’

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